MUDANÇA REPENTINA DE ROTINA

Os veículos de comunicação dos grandes centros tiveram tomar medidas drásticas desde o início da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). Inicialmente, as redações – de rádio, TV e jornais – foram esvaziadas para evitar que os jornalistas fossem infectados. Com isso, a solução encontrada foi a adoção do Home Office, que significa, trabalhar em casa De acordo com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), mais de 75% dos profissionais passaram a trabalhar nesse esquema, mas esse seria apenas um dos desafios dos jornalistas nesse período conturbado e de incertezas. De acordo com o jornalista canoense, Eduardo Alves de Souza, inicialmente, trabalhar em casa tornou-se a melhor opção para o momento, porém, a conjuntura atual do país dificultou sua permanência no emprego. “Logo no início desse período de quarentena, que virou um ano (risos), de confinamento, a empresa que eu trabalhava (como jornalista) que é uma agência de publicidade que não era muito grande, começou a perder clientes nesse período de home office, e aí a coisas começaram a ficar difíceis. Quando a agência ficou com pouquíssimos clientes, a empresa fechou e eu fiquei desempregado”, disse Eduardo.

O narrador esportivo da Rádio Grenal, de Porto Alegre, Ângelo Afonso, avalia como positivo o período de trabalhar em casa e que essas tecnologias utilizadas atualmente vieram para ficar e isso agregará bastante no jornalismo daqui por diante. “Basicamente é isso o que a gente está fazendo agora: uma entrevista de forma online, no Home Office. Nas emissoras que eu trabalho (Rádio Grenal e RDC TV, de Porto Alegre/RS), tive essa oportunidade de trabalhar remotamente durante dois meses, um mês em Porto Alegre, e no outro, em Encantado, minha cidade natal. Nunca imaginei que eu iria comandar um programa da Rádio Grenal direto da casa dos meus pais, num total de quase 7 horas diárias no ar. Essa considero uma grande mudança no jornalismo que veio para ficar. Em muitos casos não se perde qualidade e aí pode se contar com entrevistados, seja jornalistas da própria empresa, ou convidados especiais que estejam distantes”, argumentou Ângelo.